sexta-feira, 17 de abril de 2009

explico antes ou depois? Deixa que ele explica.
"Porque só a ti preciso contar tudo, porque me és necessário, porque amanhã vou cair das nuvens e minha vida vai acabar e começar ao mesmo tempo. Já experimentaste alguma vez, ao menos em sonho, como se cai do alto de uma montanha? Pois bem...estou caindo e não é sonho. Não tenho medo e peço que também não temas... isto é, sim, tenho medo, mas esse medo traz uma sensação de doçura...ou melhor, não é bem doçura, mas um júbilo muito intenso.... Com todos os diabos! Pouco importa o que isso seja. espírito forte, espírito fraco, espírito de mulher - pouco importa! Louvemos a natureza: olha este sol, o céu tão azul, as folhas tão verdes - NÃO estamos em pleno verão."
DOSTOIEVSKI
Já pensei muito sobre os motivos que me levam a perseverar. Ainda penso, penso neles todos os dias, reflito, conscientizo. Quase que chego a conclusão de que as coisas ocuparão seus devidos lugares, mais cedo ou tarde. Só que agora estou num momento de espera, aguardando o final de um ciclo e nesse aguardar vivencio o instante, o presente, sedimento o passado minuto após minuto.Me falaram que sou complicada, estranha, surpreendente e que encaro as coisas em profundidade. Assumo, vivo em profundidade cada segundo da minha vida. Eu mergulho e quase sempre volto desesperada por ar, por ar. Por que não encontro o que tanto procuro? não obtenho o que tanto almejo? não se personificam as respostas que tanto necessito? sinto, como que em infinitos arrepios que algo surpreendentemente incrível me aguarda. Sobre tudo o que penso e reflito uma parcela pequena perpassa ao UNO. Quando sou DUO, TRIO (...) é apenas um floco de inspiração, uma faísca do eu. E eu não sei explicar. Não sei porque persigo tanto o amor, deve ser pra completar, pra somar. Achar algo no outro que explique por que somos assim, e Por que? No fundo, não paro de mergulhar, nunca parei. è o mergulho no penhasco de Dostoievski e não tem volta, não tem volta.

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