domingo, 13 de junho de 2010

sombra do céu

Por que chora assim,
e sorri,
e se desespera diante da possibilidade do infinito?
Você,
que ja foi criança boa
que ansiava seios
debruçava força,
suga e mama
bebe e chupa

Se ainda chora
e ainda sorri
deve ser a continua desigualdade que aflora.
todos os cães em silencio e reverenciando seus passos
que percorrem o infinito
mas aos pobres súditos não deixam rastro.
Todo o leite branco
aos marginais que se proliferam
suga e segue
mama e chupa

E que voam ao céu infinito
nos enganando em sombras preguiçosas
nem nuvens
nem asas
passam espaçosas
Pura enganação!
O que voava no céu
era a infinita existência de um saco plástico
descansa dentro do peito
acalenta e mama
bebe e interroga.

No tempo contado do infinito
seios murchos não irão nos alimentar.

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