domingo, 18 de outubro de 2009

Tempo primeiro

Falta tempo neste relógio. A paciência flui, escorrega e assim me entrega. Oh querida!, pise em ovos e chicoteie seu coração. Seja você um faquir e cicatrize as molezas. Dura, pedra e chão. Fria e rastejante.
No entanto, o ar penetra mais úmido e o sol brilha em vermelho. Se és sangue e mineral talvez também alcances o verdadeiro. Desculpe ter rido de você. Não sei, eterna dúvida e gosto de desconfiar. Veja meu bem, o que seria o verdadeiro? e onde ele esta?
Tantos problemas em balões e as soluções encravadas em rochas.

Tempo segundo

Sonha soprando brisa pra lá. Pulmão fraco sopra pouco e o sonho escorrega. Corpo transcende, espírito voa. Sendo assim, parece que sonhas acordada, sonâmbula. De olhos abertos seus pensamentos já fugiram do buraco profundo chamado subconsciente.
Vai falar de objetividade, do que toca e vê. Que lamento, vale mais sonhar, imaginar o impossível porque sua força não alcança o factível. Ainda rio, rio por não encontrar o verdadeiro, aquilo que as pernas curtas almejam percorrer. E vá saber, talvez o caminho seja pedra, grama, brasa ou lama.
Talvez deus seja o próximo, o do meu lado. Coitado de deus, morto todos os dias, fuzilado por este olhar, desprezado. No entanto, deus é salvo por lágrimas e agradecimentos, piedade senhor.
Ainda rio. O deus morto tira seu sono. deus vivo lhe mostra um novo dia.



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