domingo, 1 de maio de 2011

E?

Bem. Faz tempo que não cultivo estas terras, o terreno anda abandonado, maturando no plano das idéias. Sempre há urgência de correr, pegar a enxada, sentir o suor rolando do rosto, as mãos em movimento e exprimindo os clarões da consciência. Mas... Sabia que um dia iria voltar com a boca cheia de coisas boas para falar. Pedi isso, desejo sincero. No entanto não é das coisas boas que quero falar. Aliás, não deixa de ser boa essa tímida reaproximação, chegando assim devagar, esgueirando no muro, observando o movimento da mais silenciosa folha. Eu tenho que começar retirando o que já cresceu bastante, tá na hora de colher os frutos de tanto silencio, do meu adormecimento. É o novo, tenho que buscar novas saídas e demarcar minuciosamente os caminhos que já percorri, não quero esquecer nada por tais estradas, nem me arrepender ou ter que voltar. É arragem, é colheita, é fartura. Tempo de trabalho árduo e mãos calejadas. É início para o fim e alívio de dever cumprido. Por enquanto basta. Novas sementes serão aqui jogadas. E? Eu quero saber...

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